Ateismo

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Promotor Cristão ignorante!

Procurador ateu critica afirmação preconceituosa de promotor

“Dizer que os ‘ateus não têm contribuído para a recuperação da vida’ é uma ignorância e irresponsabilidade basilares”, escreveu o procurador de Justiça aposentando e ateu Inajá Guedes Barros, do Ministério Público do Estado de São Paulo, em resposta ao promotor Sérgio
Harfouche (foto), da 27ª Vara da Infância e Adolescência do Estado de Mato Grosso do Sul.

Em e-mail ao site MS Notícias, Barros afirmou que o seu colega “é jejuno em histórias das religiões”, o que explica ter feito uma “afirmação tão leviana”.

Ele protestou com veemência contra a manifestação discriminatória e preconceituosa do promotor. “A instituição [Ministério Público] e muito menos a Curadoria da Infância não merecem ser representadas por V.Exa. [...] Como promotor de justiça, a imparcialidade no trato de questões religiosas e seculares deve ser seu lema.”

Harfouche fez a afirmação no dia 6 de fevereiro durante um discurso de inauguração em Campo Grande da Fazenda da Esperança Nossa Senhora da Abadia, que é uma comunidade de tratamento de dependentes químicos. Além do frei Hans Stapel, fundador do projeto, estavam presentes, entre as autoridades, o arcebispo dom Vitório Pavanello e o bispo auxiliar dom Eduardo Pinheiro.

Barros, no e-mail, aconselhou o promotor a pesquisar a história para chegar “à inafastável conclusão de que quem não tem contribuído para a recuperação da vida, ao longo dos séculos, foram os cristãos, mais ainda os católicos (inquisição, cruzadas, caça as bruxas, ataque aos homossexuais, vedação de pesquisas vitais, como os da célula tronco, etc)".

“Prenda-se aos fatos, dr. promotor, e não aos mitos. Venha a público e retrate-se”, escreveu.

Finalizou: “Espero que a Corregedoria do Ministério Público adote as providências cabíveis com referência a sua atitude. Com certeza incompatível com as relevantes funções de um representante do MP e da sociedade de Mato Grosso do Sul, seja ela integrada por religiosos, agnósticos ou ateus. Não tenho o prazer de apontá-lo como colega. Passar bem!"

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